28.6.22

De vagar

As ruas fecharam homens dentro de si quando os relógios marcaram o fim. Até quem já havia passado mais cedo, se manteve caminhando nas calçadas e as portas fechadas dos comércios, contam que ainda sentem o perfume e o som das vozes que de manhãs outroras ouviram.
As esquinas que são guardiãs, guardam e confirmam as presenças, afinal, foram nelas que segredos foram cochichados antes dos apertos de mãos de adeus.
É o que não dorme por causa do tiquetaquear dos ponteiros... A história que sabe passar passeando e que as horas vão sempre contar.

Casciano Lopes



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