19.1.23

Da nossa convivência

A dualidade caminha por nossa pele...
Mora toda; ri e chora nos mesmos olhos,
brada e silencia na mesma boca.
O toque das mãos na face dos dois;
duas mãos de dizer calma e de pedir pressa,
dois lados de ser fotografia;
alguém com melhor ângulo e com defeitos.
Focos da mesma pessoa, com luz e sem ela,
no breu do quarto que se empresta
ao prisma do mesmo, sem ser óbvio,
porque são seres num registro dual,
um verdadeiro e outro de tão verdadeiro,
guardado.

Casciano Lopes

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