Num canto de minha memória tem uma cômoda, coisa pequena, miúda e de poucas gavetas.
Às vezes me sento no chão, reviro os guardados e os organizo, outras vezes, abro os compartimentos e me perco em pensamentos antes mesmo de mexer na caixa de fotografias, ainda tem os dias em que desarrumo o que pensava estar arquivado, e durmo diante dos papéis que escrevi pra mim, sonho com a sala cheia e o móvel me dirigindo, acordo e preciso fechar a janela pra que o vento não cause barulho.
Na maioria dos dias, tiro só a poeira dela e mantenho uma distância segura.
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