29.1.24

Cuidado descuidado em silêncios resmungões

O agressor da rua não me conhece, não viu meu sorriso e nem riu da minha cena, não decorou meu texto, não sambou o meu enredo, não desmontou o palco de nenhum dos meus espetáculos, não montou a lona do picadeiro, não pintou meus olhos quando precisaram engolir o choro e, na avenida, quando o salto quebrou, nem de longe viu.
E talvez, no grande circo, por tudo isso, a face fica borrada é dentro da coxia, entre os pares, perto dos corações selvagens, que deveriam conhecer de harmonia pra que a concentração, antes do tempo, não se torne dispersão. ...e talvez a graça não precisasse sentar pra chorar.

Casciano Lopes


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