17.6.24

Texto por canalização xamânica

A vida não se explica apenas com o toque suave da brisa que sopra das montanhas quando se está na planície... Ela também se justifica quando se é a própria montanha açoitada por um vento forte, quando se é a areia da terra soprada pela ventania. A vida se multiplica dentro de cada um, quando por instinto, a escalada por nós se faz necessária, pra que do alto possamos nos ver melhor, e a partir da contemplação, nos enxergarmos maiores do que o pequeno gesto da tempestade que passa diante da vista de todos que nasceram pra entender a grandeza do silêncio que o mundo sabe fazer quando a chuva vem e quando a chuva vai.
Viemos pra nos vencer, pra isso, precisamos nos conhecer e conhecendo, nos apresentarmos ao mundo como carta aberta de aprendizado, onde possamos ler e sermos lidos, e lendo, aprendermos e ensinarmos.
O choro que lava os olhos de questões é o mesmo rio que corta as montanhas, que cheio de destino percorre a Terra, lavando e levando pelo caminho tudo o que precisa de novos olhares de respostas.
Nos sofás dos viventes, cabem as lágrimas dos 'nãos', mas também cabe o estio que o 'sim' provoca na face da alma, o lado da vida que não pode ser tocado por ninguém de fora, ...além do possuidor do riso aberto... ninguém pode; feito o sol que clareia o topo dos cânions sem que ninguém o impeça disso.
Então...
Nem sempre o que nos cala empobrece a vida, às vezes enriquece o tempo.

Casciano Lopes

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