9.8.23

Deixa ser... O tempo, o peso, o mar

Eu preciso circular os mundos, não me prender pra desprender quando precisar de margem ou de ar, sabendo desprovido na chegada e partida pra despender porta de passagem, onde só importa o plantio que cresce na alma, onde não pode ser abatida a safra e nem colhida a semente.
A posse de tudo que sabota a viagem deve ficar no campo do engano... Sei que lá não cresço, e então, procuro tantas vezes o rude da seca, pra que lá eu mereça me espremer, caçando minha água, afim de manter-me sem peso e sobreviver só do que mereço.

Casciano Lopes


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