Já passei por abismos quase sepulturas e estreitas pontes como que linhas puídas furtavam meu passo...
Sobrevivi para dizer que de fato o que não mata nos fortalece.
De tudo restou a graça de poder dizer que ainda é possível acreditar, de que quando tudo parece terminar ainda pode se recomeçar.
Aprendi que os amigos são mesmo os irmãos que o coração escolheu e que os dedos de minhas mãos contam os meus, antigos e presentes que ainda dão conta de meu hoje.
Aprendi que a família é um patrimônio caro e que nos ais ou no cais é ela que põe a mesa, que seca a lágrima, que guarda a calma em tempestade até que se acalme.
Aprendi que só existe um amor capaz de abrandar a vida da gente, uma vez só ele acontece e será o suficiente para justificar uma vida inteira, um amor em forma de gente que cuida e encorpa a alma da gente e que faz da estrada algo coerente. Subidas e descidas compartilhadas em par de asas, gêmeas que sabem fazer possibilidades de voos traçados e orientados na troca de olhar.
Alma é coisa do verbo amar... amor, uma conjugação de mar, do amar quase sem dor, do doer e sempre amar.