Nos últimos seis anos dedico-me única e exclusivamente ao Reiki. Uma terapia milenar com base oriental.
Um tratamento de cura também conhecido como terapia do amor, pois tem sua base no amor incondicional, ferramenta indispensável, sem a qual não se professa a eficácia da cura.
Neste período somaram-se 8 cursos e no próximo mês, mais dois somam-se ao currículo, totalizando dez, todos na área holística.
Me tornei neste tempo terapeuta reikiano (sistemas Usui e Tibetano, Elemental), terapeuta floral, tarólogo e mestre de Reiki e tarot (tarot egípcio, um tarot terapêutico e não um jogo de cartas ou baralho apenas), em breve terapeuta de TVP.
São seis anos de pesquisa, leitura e aprendizado diário. Um trabalho contínuo e prazeroso que me rendeu alegrias e transformações.
Me considero um estagiário da energia e nunca me sinto formado, sou um graduando.
De fato o curso não termina quando saímos de uma sala de iniciação, ali começa todo um processo de amadurecimento das técnicas e metodologias reikianas aprendidas.
Foram inúmeras as auto curas em primeiro lugar e que se estendem por toda a vida, não tenho conta das pessoas que atendi indiretamente por redes sociais e outros canais. Sei sim, das dezenas que passaram por meu consultório nesses anos e conheço o testemunho de cada uma dessas pessoas; muitos dizendo-me inclusive que o Reiki alcançou objetivos em suas personas que anos de análise com outros colegas da área psíquica não completaram.
Tenho como regra de conduta, o atendimento garantido para os que não podem pagar, até porque neste segmento, não nos recusamos ao pedido de ajuda.
O Reiki é uma doação de energia cósmica onde nós terapeutas somos apenas canais, tendo o alinhamento e a energização de chacras como porta de entrada dessa energia, emanada principalmente através das mãos do aplicador e em ambiente propício de calma e relaxamento. Os que pagam o fazem pelo tempo do aplicador e em respeito ao seu conhecimento da técnica, não pela energia doada.
Embora seja uma terapia praticada no mundo todo, especialmente no Oriente e Europa, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde e mais recentemente pelo SUS, passamos por alguns inconvenientes impostos por colegas que acusam os terapeutas do "não conhecimento necessário" para lidar com questões emocionais do paciente, no entanto, prefiro me ater aos resultados incontestáveis do tratamento, como é sabido: contra fatos não há argumentos.
O Reiki é reconhecido como terapia alternativa, complementar ou integrativa, que age como coadjuvante nos tratamentos médicos convencionais, indicado inclusive pelos próprios médicos aos seus pacientes que buscam equilíbrio emocional e mental, ou que necessitam de maior compreensão de suas patologias.
Infinitamente grato por este acontecimento em minha vida, procuro dividir com os que buscam suas curas este conhecimento, compartilhando luz e buscando o bem do outro, sempre respeitando o solo sagrado do semelhante e entendo que faço parte do todo e ele de minha composição. A palavra 'holístico' vem do grego 'holos', que significa todo. Assim somos, um 'todo' e como tal, devemos ser tratados, respeitados e curados.
O reiki não é religião e não se pauta pelo discurso da fé religiosa.
Embora me sinta ativo, alguns me observam como alguém improdutivo... Não sei, talvez porque não tenha um registro CLT em minha carteira (embora seja registrado e reconhecido na associação de minha classe, ABRATH), talvez por não sair de casa todas as manhãs... Não sei. Infelizmente o ser humano tem a necessidade de rotular o que não conhece.
Sempre digo: Me defina, mas não me conclua.
Me relaciono de uma forma bem distinta com o capital, fico imensamente grato e feliz quando recebo R$100,00 por duas ou três horas de atendimento, em meu conceito o maior pagamento será sempre a alegria do outro, essa nunca terá preço.
Tenho um extenso currículo, acreditem!
Sempre me considerei um empreendedor e capaz de mudança, característica fundamental para minha pessoa. Sempre vi na capacidade de mudar, uma vantagem da coragem e jamais me senti confortável com o comodismo.
Muitos já me disseram: Você não construiu uma carreira sólida?
Digo ao meu Eu que sim, aprender e compartilhar foi a carreira que escolhi pra mim e que me completa satisfatoriamente todo dia.
As pessoas se limitam entre duas certidões: a de nascimento e óbito e pensam que todos também devem fazê-lo.
Autodidata da fotografia, um hobby começado aos 12 anos com a primeira máquina, uma yashica mf3. A paixão me proporcionou registros incríveis do que a vista avistou, hoje uma coleção que possuo entre minhas preciosidades, com mais de 70 mil imagens me confere o título de fotógrafo amador.
Autodidata dos aromas, manipulo minhas essências como aromatizador de ambientes e tenho no perfume uma referência, aliás, sempre me defini como alguém apaixonado por luzes, cores e aromas.
Poeta sem presunção, título ganhado e acolhido oficialmente desde 2010.
Mantenho um blogue de poesias desde então, hoje com 1262 poemas publicados, blogue visitado em mais de 100 países e com mais de 77 mil acessos. Este trabalho me proporcionou alegrias como: ser descoberto pela Universidade de Bucharest da Romênia e ter publicado junto a outros poetas do mundo, poemas em 8 edições da revista HLC e através desta revista, ter participado da Semana Internacional de poesia de Londres, evento patrocinado pela UNESCO anos atrás. Também como convidado participei de antologias poéticas em 4 livros, 3 deles do Projeto Alma Brasileira Poemas da Bahia, que visa levar leitura aos pequenos de comunidades carentes.
Fui cabeleireiro por dois anos, comerciante do ramo de enxoval por 5 anos, até possuí agências de telemensagens, lojas de preço único, vendi sorvete na rua e não vou nem citar as inúmeras empresas pela quais passei, cheguei a façanha de ser procurador de um banco com apenas 18 anos de idade em 1988...
É camaradas, não sou diferente de ninguém, carrego uma história e sou uma soma de 'ontens' como todos.
Oficialmente trabalho desde os 12, registrado desde os 14 anos, mas ainda quando uma criança de fazenda tinha minhas inúmeras tarefas e responsabilidades como toda boa criança de roça.
Não morri, considero-me digno e honrado e em qualquer lugar que vou, sigo de cabeça erguida, não tenho do que me envergonhar, como digo em terapia para meus amados: a ponta do nariz sempre na linha do horizonte, nem acima para evitar a soberba e nem abaixo para não se humilhar.
Minha mãe como a de Caetano que disse: "sempre peça licença, mas nunca deixe de entrar", disse: ande de cabeça erguida e nunca deva nada a ninguém.
Ultimamente tenho sido convidado para mediar conflitos com bons resultados, irônico até...[explico adiante].
Há dois anos fui diagnosticado com uma doença neurodegenerativa hereditária, nunca falo sobre isso, especialmente nas mídias sociais pois sempre tive uma postura; a de não dar ibope para o que não merece, acredito que enquanto mantivermos a cabeça fora d'água vivemos e fazemos viver, inclusive o Reiki foi e é fundamental nesse meu processo de aceitação, auto conhecimento e de aproveitar cada instante para crescer e fazer com que outros cresçam, de forma leve e com um novo olhar, mais compassivo e de apreço pelo entorno. Tenho tido encontros incríveis comigo mesmo no espelho e descoberto tantas versões de mim, estavam todas a espera desse encontro e temos nos harmonizado dia a dia.
Há 22 anos conheci meu marido. Um homem íntegro, trabalhador, honesto, inteligente, culto... Faria uma enciclopédia se fosse discorrer por seus talentos e qualidades.
Nos amamos no primeiro olhar, nos casamos imediatamente e nos descansamos da busca; afinal estávamos à procura desse encontro há muito, somos chamas gêmeas com uma longa história de vidas... Sim, acreditamos nelas como um processo evolutivo.
Sou um ser absolutamente feliz e realizado, convicto de minha condição e pleno na minha relação com ela.
Não sou adepto a rótulos, portanto não costumo usar o de gay, na verdade me vejo apenas como um habitante do planeta, inserido em um Universo imenso, de onde faço parte e ele de mim. Me vejo como um humano, cidadão, capaz e possuidor de direitos e deveres como qualquer outro.
Como leram acima, tenho uma história, uma vida pela qual prezo e zelo e que desde 1996, compartilho dela com a pessoa que busquei para amar e como nós nos dizemos: somos anjos de uma só asa, só aos pares voamos.
Seria toda esta história de um homem aqui relatada que afeta os brios dos brasileiros e brasileiras? Seria a homofobia disfarçada de "família brasileira tradicional', afetada pelo inconveniente sentimento de querer ver exterminadas as pessoas que possuem algo que lhes falta?
Meus queridos leitores, essa patente exposição do ódio movida pelo torturador; nós do grupo, sentimos há décadas, de maneira velada mas não menos agressiva.
O medo, o descaso, a ironia, o cinismo, a hipocrisia, a demagogia, a faca que a religião empunha há séculos para justificar nossa diária crucificação... São velhos conhecidos de todos nós que resistimos e lutamos para existir como somos, apenas felizes e é por essas capacidades que somos julgados e expostos, não só as capacidades de construir uma história como a minha, mas a da coragem de ser quem é.
Como já disse em um poema: não há diferenças, só semelhanças desconhecidas. Isso deveria ser o natural.
Quando há pouco falávamos sobre isso, nos acusavam de estar fazendo "mimimi", ainda hoje cometem esse descalabro. Por onde anda a verdade de que a dor do outro deve doer em mim?
É em respeito ao meu trabalho, minha dignidade, minha integridade física e moral e minha história, que não me relaciono com qualquer criatura que apoia ou discursa sobre minha tortura.
Tenho orgulho de ser quem sou e até onde cheguei, posso afirmar que não me faltou porrada... O que faltou aos torturadores de humanos foi o amor que recebi de sobra, desde o berço, começando por minha amada mãe: nordestina e analfabeta e que é a mulher de longe mais sábia que já conheci e de meu amado pai: lavrador honesto, semi analfabeto e neto de índio.
Sou descendente com muito orgulho dos verdadeiros donos dessa terra chamada Brasil.
[Não consigo mediar esse conflito], a quem interessa a cama em que nos deitamos? Porque a sociedade que está doente imagina que está em nossa morte a sua cura? Não consigo mediar...
Não consigo...
Dentre os meus defeitos, a covardia não se encontra, seleciono muito bem as pessoas que me cercam e tenho em alta conta a pessoa coerente, busco coesão de fala, pensamento e ação. Aprendi desde cedo a andar em boa companhia.
Cortei pessoas muito próximas das minhas relações, sempre vou preferir a verdade, talvez essa seja a agulha no balão inflado de muitos.
Tenho familiares e amigos no exterior, não gostaria de me exilar. Até porque não terei lá a riqueza do chão onde Mãe Gaya escolheu para eu brotar.
Que gente é essa, humana? Que homens são estes, capazes?
De humanidades empobrecidos.
E de luto estão todos os de fato humanos pela moribunda civilização, ofegante e engasgada com seu ódio por nunca terem conseguido ser o que somos...
Fortes.
Casciano Lopes
Primavera de 2018
Um braço estendido vale mais que dois cruzados.
Um tratamento de cura também conhecido como terapia do amor, pois tem sua base no amor incondicional, ferramenta indispensável, sem a qual não se professa a eficácia da cura.
Neste período somaram-se 8 cursos e no próximo mês, mais dois somam-se ao currículo, totalizando dez, todos na área holística.
Me tornei neste tempo terapeuta reikiano (sistemas Usui e Tibetano, Elemental), terapeuta floral, tarólogo e mestre de Reiki e tarot (tarot egípcio, um tarot terapêutico e não um jogo de cartas ou baralho apenas), em breve terapeuta de TVP.
São seis anos de pesquisa, leitura e aprendizado diário. Um trabalho contínuo e prazeroso que me rendeu alegrias e transformações.
Me considero um estagiário da energia e nunca me sinto formado, sou um graduando.
De fato o curso não termina quando saímos de uma sala de iniciação, ali começa todo um processo de amadurecimento das técnicas e metodologias reikianas aprendidas.
Foram inúmeras as auto curas em primeiro lugar e que se estendem por toda a vida, não tenho conta das pessoas que atendi indiretamente por redes sociais e outros canais. Sei sim, das dezenas que passaram por meu consultório nesses anos e conheço o testemunho de cada uma dessas pessoas; muitos dizendo-me inclusive que o Reiki alcançou objetivos em suas personas que anos de análise com outros colegas da área psíquica não completaram.
Tenho como regra de conduta, o atendimento garantido para os que não podem pagar, até porque neste segmento, não nos recusamos ao pedido de ajuda.
O Reiki é uma doação de energia cósmica onde nós terapeutas somos apenas canais, tendo o alinhamento e a energização de chacras como porta de entrada dessa energia, emanada principalmente através das mãos do aplicador e em ambiente propício de calma e relaxamento. Os que pagam o fazem pelo tempo do aplicador e em respeito ao seu conhecimento da técnica, não pela energia doada.
Embora seja uma terapia praticada no mundo todo, especialmente no Oriente e Europa, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde e mais recentemente pelo SUS, passamos por alguns inconvenientes impostos por colegas que acusam os terapeutas do "não conhecimento necessário" para lidar com questões emocionais do paciente, no entanto, prefiro me ater aos resultados incontestáveis do tratamento, como é sabido: contra fatos não há argumentos.
O Reiki é reconhecido como terapia alternativa, complementar ou integrativa, que age como coadjuvante nos tratamentos médicos convencionais, indicado inclusive pelos próprios médicos aos seus pacientes que buscam equilíbrio emocional e mental, ou que necessitam de maior compreensão de suas patologias.
Infinitamente grato por este acontecimento em minha vida, procuro dividir com os que buscam suas curas este conhecimento, compartilhando luz e buscando o bem do outro, sempre respeitando o solo sagrado do semelhante e entendo que faço parte do todo e ele de minha composição. A palavra 'holístico' vem do grego 'holos', que significa todo. Assim somos, um 'todo' e como tal, devemos ser tratados, respeitados e curados.
O reiki não é religião e não se pauta pelo discurso da fé religiosa.
Embora me sinta ativo, alguns me observam como alguém improdutivo... Não sei, talvez porque não tenha um registro CLT em minha carteira (embora seja registrado e reconhecido na associação de minha classe, ABRATH), talvez por não sair de casa todas as manhãs... Não sei. Infelizmente o ser humano tem a necessidade de rotular o que não conhece.
Sempre digo: Me defina, mas não me conclua.
Me relaciono de uma forma bem distinta com o capital, fico imensamente grato e feliz quando recebo R$100,00 por duas ou três horas de atendimento, em meu conceito o maior pagamento será sempre a alegria do outro, essa nunca terá preço.
Tenho um extenso currículo, acreditem!
Sempre me considerei um empreendedor e capaz de mudança, característica fundamental para minha pessoa. Sempre vi na capacidade de mudar, uma vantagem da coragem e jamais me senti confortável com o comodismo.
Muitos já me disseram: Você não construiu uma carreira sólida?
Digo ao meu Eu que sim, aprender e compartilhar foi a carreira que escolhi pra mim e que me completa satisfatoriamente todo dia.
As pessoas se limitam entre duas certidões: a de nascimento e óbito e pensam que todos também devem fazê-lo.
Autodidata da fotografia, um hobby começado aos 12 anos com a primeira máquina, uma yashica mf3. A paixão me proporcionou registros incríveis do que a vista avistou, hoje uma coleção que possuo entre minhas preciosidades, com mais de 70 mil imagens me confere o título de fotógrafo amador.
Autodidata dos aromas, manipulo minhas essências como aromatizador de ambientes e tenho no perfume uma referência, aliás, sempre me defini como alguém apaixonado por luzes, cores e aromas.
Poeta sem presunção, título ganhado e acolhido oficialmente desde 2010.
Mantenho um blogue de poesias desde então, hoje com 1262 poemas publicados, blogue visitado em mais de 100 países e com mais de 77 mil acessos. Este trabalho me proporcionou alegrias como: ser descoberto pela Universidade de Bucharest da Romênia e ter publicado junto a outros poetas do mundo, poemas em 8 edições da revista HLC e através desta revista, ter participado da Semana Internacional de poesia de Londres, evento patrocinado pela UNESCO anos atrás. Também como convidado participei de antologias poéticas em 4 livros, 3 deles do Projeto Alma Brasileira Poemas da Bahia, que visa levar leitura aos pequenos de comunidades carentes.
Fui cabeleireiro por dois anos, comerciante do ramo de enxoval por 5 anos, até possuí agências de telemensagens, lojas de preço único, vendi sorvete na rua e não vou nem citar as inúmeras empresas pela quais passei, cheguei a façanha de ser procurador de um banco com apenas 18 anos de idade em 1988...
É camaradas, não sou diferente de ninguém, carrego uma história e sou uma soma de 'ontens' como todos.
Oficialmente trabalho desde os 12, registrado desde os 14 anos, mas ainda quando uma criança de fazenda tinha minhas inúmeras tarefas e responsabilidades como toda boa criança de roça.
Não morri, considero-me digno e honrado e em qualquer lugar que vou, sigo de cabeça erguida, não tenho do que me envergonhar, como digo em terapia para meus amados: a ponta do nariz sempre na linha do horizonte, nem acima para evitar a soberba e nem abaixo para não se humilhar.
Minha mãe como a de Caetano que disse: "sempre peça licença, mas nunca deixe de entrar", disse: ande de cabeça erguida e nunca deva nada a ninguém.
Ultimamente tenho sido convidado para mediar conflitos com bons resultados, irônico até...[explico adiante].
Há dois anos fui diagnosticado com uma doença neurodegenerativa hereditária, nunca falo sobre isso, especialmente nas mídias sociais pois sempre tive uma postura; a de não dar ibope para o que não merece, acredito que enquanto mantivermos a cabeça fora d'água vivemos e fazemos viver, inclusive o Reiki foi e é fundamental nesse meu processo de aceitação, auto conhecimento e de aproveitar cada instante para crescer e fazer com que outros cresçam, de forma leve e com um novo olhar, mais compassivo e de apreço pelo entorno. Tenho tido encontros incríveis comigo mesmo no espelho e descoberto tantas versões de mim, estavam todas a espera desse encontro e temos nos harmonizado dia a dia.
Há 22 anos conheci meu marido. Um homem íntegro, trabalhador, honesto, inteligente, culto... Faria uma enciclopédia se fosse discorrer por seus talentos e qualidades.
Nos amamos no primeiro olhar, nos casamos imediatamente e nos descansamos da busca; afinal estávamos à procura desse encontro há muito, somos chamas gêmeas com uma longa história de vidas... Sim, acreditamos nelas como um processo evolutivo.
Sou um ser absolutamente feliz e realizado, convicto de minha condição e pleno na minha relação com ela.
Não sou adepto a rótulos, portanto não costumo usar o de gay, na verdade me vejo apenas como um habitante do planeta, inserido em um Universo imenso, de onde faço parte e ele de mim. Me vejo como um humano, cidadão, capaz e possuidor de direitos e deveres como qualquer outro.
Como leram acima, tenho uma história, uma vida pela qual prezo e zelo e que desde 1996, compartilho dela com a pessoa que busquei para amar e como nós nos dizemos: somos anjos de uma só asa, só aos pares voamos.
Seria toda esta história de um homem aqui relatada que afeta os brios dos brasileiros e brasileiras? Seria a homofobia disfarçada de "família brasileira tradicional', afetada pelo inconveniente sentimento de querer ver exterminadas as pessoas que possuem algo que lhes falta?
Meus queridos leitores, essa patente exposição do ódio movida pelo torturador; nós do grupo, sentimos há décadas, de maneira velada mas não menos agressiva.
O medo, o descaso, a ironia, o cinismo, a hipocrisia, a demagogia, a faca que a religião empunha há séculos para justificar nossa diária crucificação... São velhos conhecidos de todos nós que resistimos e lutamos para existir como somos, apenas felizes e é por essas capacidades que somos julgados e expostos, não só as capacidades de construir uma história como a minha, mas a da coragem de ser quem é.
Como já disse em um poema: não há diferenças, só semelhanças desconhecidas. Isso deveria ser o natural.
Quando há pouco falávamos sobre isso, nos acusavam de estar fazendo "mimimi", ainda hoje cometem esse descalabro. Por onde anda a verdade de que a dor do outro deve doer em mim?
É em respeito ao meu trabalho, minha dignidade, minha integridade física e moral e minha história, que não me relaciono com qualquer criatura que apoia ou discursa sobre minha tortura.
Tenho orgulho de ser quem sou e até onde cheguei, posso afirmar que não me faltou porrada... O que faltou aos torturadores de humanos foi o amor que recebi de sobra, desde o berço, começando por minha amada mãe: nordestina e analfabeta e que é a mulher de longe mais sábia que já conheci e de meu amado pai: lavrador honesto, semi analfabeto e neto de índio.
Sou descendente com muito orgulho dos verdadeiros donos dessa terra chamada Brasil.
[Não consigo mediar esse conflito], a quem interessa a cama em que nos deitamos? Porque a sociedade que está doente imagina que está em nossa morte a sua cura? Não consigo mediar...
Não consigo...
Dentre os meus defeitos, a covardia não se encontra, seleciono muito bem as pessoas que me cercam e tenho em alta conta a pessoa coerente, busco coesão de fala, pensamento e ação. Aprendi desde cedo a andar em boa companhia.
Cortei pessoas muito próximas das minhas relações, sempre vou preferir a verdade, talvez essa seja a agulha no balão inflado de muitos.
Tenho familiares e amigos no exterior, não gostaria de me exilar. Até porque não terei lá a riqueza do chão onde Mãe Gaya escolheu para eu brotar.
Que gente é essa, humana? Que homens são estes, capazes?
De humanidades empobrecidos.
E de luto estão todos os de fato humanos pela moribunda civilização, ofegante e engasgada com seu ódio por nunca terem conseguido ser o que somos...
Fortes.
Casciano Lopes
Primavera de 2018
Um braço estendido vale mais que dois cruzados.