23.6.12

Poeira nos lençóis

Deitei nos lençóis como estrada empoeirada
Pasmei minhas costas para cavalgada
As patas puro sangue com suas passadas longas
Firmes e campeãs marcavam a terra de minha pele
A poeira levantou num gemido
Em solo de trotar
De quem estrada gosta de ser...
Eram de punhos... Era de jóquei...
Costas para passeio,
Mãos para passear.
E o prazer...
Ah... esse deixa para as apostas
De quem conseguir imaginar...
Ousar apostar...


Casciano Lopes

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