Concreto que edifica
Com ferro ergue-se do chão
Manobrando no ar suas formas
Solidificando sua massa para existir
Deixa-se amassar
Mistura-se aos pés
Às pedras se junta
Abandona o início
Ultrapassa estágios
Molda-se nas caixas
Espremido levanta-se
Ajeita-se nos vãos
Sai da embalagem
Mostra sua cor
De tempos em tempos
Pinta-se de outras faces
Deixa-se trabalhar
É passivo da ação
Do homem e do tempo
Resiste...
Só tomba para ceder gentilmente
À ira descabida ou à necessidade florida.
O homem deve ser concreto
Muito de construção
Sem medo do tempo.
Casciano Lopes
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