Eu continuo por aqui
O tempo cozeu as raízes
Algumas ficaram doces, eram amargas
Doces outras, fortes tornaram-se
Moro na mesma casa de madeira
Com paineira no terreiro
e 'João de Barro' vizinho do poleiro
Vivo no mesmo banco do pé de amora
Cá dentro corre uma estrada de terra
E na boca ainda da fruta o gosto aflora.
Meu endereço não envelheceu
O carteiro me encontra, o leiteiro
Os que voam minhas lembranças
Traçam os mapas para o que se perdeu.
Casciano Lopes
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é muito bem vindo, após aprovação será publicado.