Ao longo da vida nascemos e nascemos, sem 're', só nascimentos.
Ainda tenho 43 anos e aguardo tantos outros nascimentos futuros, tão importantes quanto todas as datas em que, de novo, nasci.
A capacidade de recomeços não vem ao acaso, vem das impossibilidades e nelas temos o dever do descobrimento das coisas possíveis e então, dá-se o nome: possível. Sim, é possível nascer quantas vezes se fizer necessário.
Assim vou colecionando certidões lavradas nos cartórios das vilas por onde andei.
Aprendi ainda que antes de cada 'dar a luz', houve um período gestacional, períodos de noite sem lua, de deserto escaldante onde o encontro era comigo mesmo. Em cada um desses encontros pude conhecer um lado ainda não explorado e neles, conquistas importantes aconteceram, sempre de dentro para fora.
Assim, maio de 1996 quando olhei pela primeira vez meu grande amor, não foi menos importante que outubro de 1970 quando olhei o mundo pela primeira vez e, por conseguinte, setembro de 2012 quando descobri o reiki e nele fui iniciado foi tão importante quanto as duas datas anteriores... E agora em julho de 2014 com a montagem do consultório Kurama de terapias reiki e florais me descubro um novo nascido.
Que bom que essa vida seja assim dividida e que em todo esse tempo houve mãos de 'parteiras' que auxiliassem os partos. Gratidão sempre aos emissários que o tempo trouxe para manter os ponteiros circulando. A mim coube pulsar e posso dizer... Vivo!
No último período que fechou um ciclo, eliminei literalmente um peso que carregava há duas décadas, 22 quilos e agora com o espelho está tudo lúcido; uma das tais conquistas mencionadas em períodos sem lua. Em outro anterior a esse a poesia me encontrou e nela conheci essa que até hoje é minha força motriz.
Enfim, hoje mais feliz quando se descortina o novo mundo, porque a cada nascimento se desvendam novos prismas, continuarei contando com todos que fizeram parte dessa ainda tão pequena história, mas que com certeza é bem grande na vontade de continuar chancelando passagens nesse trem chamado vida.
Casciano Lopes
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