O que move meu compasso
Meu passo e meu círculo
Meu ciclo e roda
Minha rota em elipse
Meu eclipse em esfera
Minha fera em pasto
E meu vasto campo
Nada casto
Incasto
Nefasto por vezes
Reveses...
São os dias e meses
Em que acredito
Ora aflito, ora bendito
Que é possível primaverar
Verbo de banhar campos
Que eu possa em tantas vidas
Por fim florir
Existir em copas maduras
Como fazem em clausuras
Diante do algoz
A voz da floresta
Que apaga a rasura
Que seu chão infesta
E gentil se empresta
Se refloresta em resistência
Me ensinando existência.
Casciano Lopes
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é muito bem vindo, após aprovação será publicado.