Eu corro para a poesia toda vez que o espelho da penteadeira esquece quem sou...
Sim, vez ou outra me sento no banquinho de pés torneados e antigo, me olho refletido e eu próprio me demoro perceber. Tocar os fios brancos de meu cabelo requer um esforço que só um velho faz, e aí sei porque ele demora me encontrar... espelho, e só se lembra de mim, quando o fito nos olhos para dizer o verso que é ter um móvel de pentear.
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