6.7.11

Bis

Por vezes me olho
Me toco como faz um violinista
Ajusto o queixo procurando
Como quem procura as cifras
Num corpo cifrado de acidentes
Solfejo as notas como em busca
Buscando no solo canção nova
De quem no corpo toca solitário.
Me descubro antigo
Tal qual antiga a canção
Tal qual velho o conhecido
Tão surradas são as notas,
Que em meio aos pentagramas
De um colo solfejado nos ais
Calado no cais aplaudem
E os dedos violinistas pedem...
Bis.


Casciano Lopes

Um comentário:

  1. Olá Casciano,

    Rui Veloso e esta bela canção. Bom gosto.
    A poesia bis está, eruditamente, pensada e escrita.
    Não é de fácil compreensão, mas como Professora de Língua Portuguesa a entendi, perfeitamente.
    BIS!

    Abraços de luz.

    ResponderExcluir

Seu comentário é muito bem vindo, após aprovação será publicado.