O pranto que lamenta a morte
Ecoa em dor balbuciada palavra
A que acolhe e protege
Agora apela à lágrima
Salgando a procura de seu quinhão
Seu pedaço tirado à força
Sua carne rasgada a cru
Bruta força, desfalece a alma
Roubadas... Como as da Sé
Das guerras
Afanadas... Como as das drogas
Do crime
Esquecidas... Como as de Maio
Da Candelária
Desprotegidas... Como as da seca
Carandirus.
Suas perdas...
O inodoro e insípido
O sem sentido viver
Seus leites petrificados
Seus ausentes
Presentes nos adornos
Lembranças desejadas
No partir e repartir.
Mãe...
O lugar onde a inocência é interpretada antes da pedrada
Onde a consciência vem acompanhada do bom juízo
Onde a medida é com justiça colocada na balança
Onde a divisão é feita desde que não reparta o filho
Onde se doa para longe desde que permaneça a vida
Onde não se perdem princípios em troca de mentiras
Onde no lamento da espada por amor se empresta à dor.
Para que viva o filho...
Casciano Lopes
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