23.4.16
22.4.16
21.4.16
17.4.16
Grata graça e agraciado
Que as graças sejam alcançadas
tantas quanto forem necessárias
...não merecidas,
pois deixam de ser graça,
favor nenhum se faz
ao que merece pagamento.
Graça...
o único assento que se dá ao cansado
o último abrigo ao destelhado
o fim do túnel iluminado
ao da vela apagada.
Que seja sempre de graça
a que cobre de doce o fel,
a graça...
Que tira do amargo a amargura
trocando por doçura
a vida do agraciado.
Casciano Lopes
O Sino do Tempo (sinodotempo.blogspot.com), desde 2010, tem como seu lema "Por um mundo em versos". Nestes últimos 2135 dias, com quase 40.000 acessos em mais de 70 países (falando estatisticamente isso dá uma média diária de 18 acessos, com aproximadamente 1 poema escrito a cada 2 dias), o número é expressivo lembrando que estamos falando de poesia e que infelizmente ainda é um gênero comercialmente pouco difundido. Estou cumprindo o lema com gratidão aos queridos amigos e leitores, os que sempre me incentivam com suas visitas e comentários. Obrigado aos parceiros que me publicaram nesse tempo tão necessitado de poesia, em especial a Revista Romena HLC, ao Projeto Alma Brasileira Poemas, Ao Cantinho Girassol e a Revista Literária O Emplasto, entre outros. Gratidão também aos 1074 amigos do Facebook e aos que compartilham gentilmente meus textos, sempre me comovendo com seu carinho e apreço, grato sempre por fazerem parte da semeadura.
Mãos gratas
Na
correnteza
das
letras
encontrei
o
que
me
acode
Desde
que
poesia
letrei
fiz
casa
sobre
o
açude
Que
finde
em
alude
os
versos
em
dias
amiúde.
Casciano Lopes
Rua e travessia
Para a poesia
um menino
atravessando a rua
é o mesmo que a rua
atravessando o menino.
Casciano Lopes
Em nome da positividade
Até onde me for permitido acreditarei no Outro
Na força do pensamento como fonte energética
E no coletivo como uma estação geradora.
Casciano Lopes
Normalesco
De loucura foram atravessados oceanos
De insanidade nações se ergueram, agora...
Tenho medo dos ditos sãos
Que podem adoecer a terra com seus venenos.
Casciano Lopes
De insanidade nações se ergueram, agora...
Tenho medo dos ditos sãos
Que podem adoecer a terra com seus venenos.
Casciano Lopes
12.4.16
O homem vende o que a terra dá
A banana da feira vale menos que a gratuita dos quintais
Não vale nada, se por perto rondar a valia
E o menino de perto não poder comer do fruto...
Casciano Lopes
Não vale nada, se por perto rondar a valia
E o menino de perto não poder comer do fruto...
Casciano Lopes
Um destinatário de 1980
Quando a carta bateu em seu portão
Tomou fôlego e correu
Correu como se fosse ler o portão
Abrir o carteiro
Rasgar a distância entre a porta e a fechadura
...Cansou e puxou mais coragem
Desfez a lonjura do remetente
Cheirou a tinta e se impregnou das cores
Puxou a cadeira, ofereceu café
E lia todo o dia, o dia todo o que vinha em poesia
Quando naquele ano ainda se escrevia.
Casciano Lopes
Tomou fôlego e correu
Correu como se fosse ler o portão
Abrir o carteiro
Rasgar a distância entre a porta e a fechadura
...Cansou e puxou mais coragem
Desfez a lonjura do remetente
Cheirou a tinta e se impregnou das cores
Puxou a cadeira, ofereceu café
E lia todo o dia, o dia todo o que vinha em poesia
Quando naquele ano ainda se escrevia.
Casciano Lopes
Andamento do tempo entre a mala e o destino
Tracei caminhos para a viagem como um compositor escrevendo partitura, aproveitando os acidentes para adornar a melodia.
Casciano Lopes
Quebre você a vidraça
A criança do asfalto pode querer um abraço
Não cruze os braços atrás do vidro.
Casciano Lopes
11.4.16
Com o tempo...
Perdemos as mãos que seguram os primeiros passos
Desapegamos do amigo imaginário
Esquecemos das cantigas de roda
Fugimos dos contos de fada
Ganhamos carteiras escolares com novas personagens
Vestimos novas roupas e obrigações
Conhecemos um mundo frágil e virtual
Recebemos bilhetes para a competição
Enquanto...
Desaprendemos a essência
Descaracterizamos as lembranças
Obstruímos as pontes do natural
Roubamos de nós mesmos a sutileza
Alforriamos a gentileza
Degolamos sem piedade a caridade
Linchamos em praça pública a solidariedade
Comemoramos a maioridade das inferioridades
Quando...
Percebemos a distância percorrida na estrada
Avistamos proximamente a chegada da descida
Fincamos a bandeira da fisicalidade no topo
Lamentamos o momento se não possuirmos uma
Declinamos desembestadamente ao inevitável
Passamos pelos dentes perdidos
Sofremos na carne as doenças dos que amamos
Cumprimentamos de perto a distância de tantos
Finalmente...
Alisamos a cabeça clara ou desprovida
Fuxicamos os bolsos para proteger o que resta
Comemos o possível porque o impossível já não cabe
Alimentamos a saudade do que se mostra distante
Fingimos vida útil para o Tempo
Iludimos as memórias que se perdem com o tempo
Perguntamos o tempo todo para o Tempo sobre o próprio tempo
Suspiramos, por derradeiro, aprendendo que tempo não gera tempo
Ilusório tempo.
Casciano Lopes
Desapegamos do amigo imaginário
Esquecemos das cantigas de roda
Fugimos dos contos de fada
Ganhamos carteiras escolares com novas personagens
Vestimos novas roupas e obrigações
Conhecemos um mundo frágil e virtual
Recebemos bilhetes para a competição
Enquanto...
Desaprendemos a essência
Descaracterizamos as lembranças
Obstruímos as pontes do natural
Roubamos de nós mesmos a sutileza
Alforriamos a gentileza
Degolamos sem piedade a caridade
Linchamos em praça pública a solidariedade
Comemoramos a maioridade das inferioridades
Quando...
Percebemos a distância percorrida na estrada
Avistamos proximamente a chegada da descida
Fincamos a bandeira da fisicalidade no topo
Lamentamos o momento se não possuirmos uma
Declinamos desembestadamente ao inevitável
Passamos pelos dentes perdidos
Sofremos na carne as doenças dos que amamos
Cumprimentamos de perto a distância de tantos
Finalmente...
Alisamos a cabeça clara ou desprovida
Fuxicamos os bolsos para proteger o que resta
Comemos o possível porque o impossível já não cabe
Alimentamos a saudade do que se mostra distante
Fingimos vida útil para o Tempo
Iludimos as memórias que se perdem com o tempo
Perguntamos o tempo todo para o Tempo sobre o próprio tempo
Suspiramos, por derradeiro, aprendendo que tempo não gera tempo
Ilusório tempo.
Casciano Lopes
2.4.16
Hotel sobre pés
Quando não encontrei quarto
com cama na horizontal para o repouso
e nem lençóis perfumados para o sono
fiz do corpo um abrigo vertical
e da consciência o lençol branco
onde pude descansar
e sonhar tempos melhores.
com cama na horizontal para o repouso
e nem lençóis perfumados para o sono
fiz do corpo um abrigo vertical
e da consciência o lençol branco
onde pude descansar
e sonhar tempos melhores.
Casciano Lopes
O Homem leve e o Tsunami
A vantagem dos bolsos vazios e das malas desocupadas,
mora na rapidez com que se escapa de uma tormenta.
Casciano Lopes
Casciano Lopes
Um mar de quintal no anúncio
Queremos um quarto grande com banheiro amplo, cozinha e área de serviço independentes e podem ser pequenos, temos preferência por armários embutidos. Reduzir é meta e viver é a máxima. Um lugar para um casal simples com seu pequeno jardim interno e um lindo cachorrinho que atende por Bento.
O lar já existe...
A casa está no futuro próximo...
O jardim em construção...
O Bento em gestação...
O mar ainda é feito de amanhãs.
Casciano Lopes
O lar já existe...
A casa está no futuro próximo...
O jardim em construção...
O Bento em gestação...
O mar ainda é feito de amanhãs.
Casciano Lopes
Interiores
Enquanto dividia o espaço usando a imaginação como paredes,
ele preenchia os sonhos com elementos vazados
para não impedir o voo.
Casciano Lopes
Assinar:
Postagens (Atom)