quem nela se sentou,
quem riu das minhas histórias
e quem repetiu o prato.
Eu prefiro lembrar da janela do ônibus
naqueles percursos diários,
nas paradas da madrugada
das viagens interestaduais,
nos cafés das rodoviárias
e no tempo que corria o trem comigo dentro.
Eu prefiro chamar pelo nome
o menino que brincou de ser grande,
o rapaz que sonhou ser quem eu sou,
o homem que ousou atravessar a rua
porque acreditava na imagem do outro lado do dia.
Eu prefiro...
Continuar me ouvindo,
respondendo o meu chamado
do outro lado de mim,
continuar ousando ver minha hora
como caminho que espera que eu caminhe.
Casciano Lopes
Casciano Lopes
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