Que tua graça permaneça viva
como a que balança na cadeira que fica...
Que tua fé esteja nos montes onde os olhos carnais não enxergam...
Que a lágrima corra num riacho distante de ti...
Que a febre só aqueça o que está congelado pelo sistema...
Que a rua tenha tanto preto quanto precisar
e tanto branco quanto precise lembrar...
Que a mata possa morar pertinho com seus tons de sóis...
Que a lua traga mais que São Jorge e um cavalo...
Que a cama seja larga quanto tua esperança
e que nas plantas de teus pés possam crescer asas além das raízes.
Casciano Lopes
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