Da Ásia as Américas,
Das latitudes as longitudes,
Do oriente ao ocidente,
Do Oiapoque ao Chuí,
Dos trópicos aos polos,
O que importa é desbravar
O coração de um homem...
Cada vez mais solitário,
Ensimesmado,
Catatônico,
Meditabundo,
Sorumbático.
Um coração capitalizado
Por tempos monetários,
Globalizado na velocidade,
Regido por pixels, bytes,
Tempos da "nano"...
Pequena ficou a capacidade
De sentir as estações,
De medir as horas pela janela,
De sentir o amigo de perto,
De dividir a lenha
Numa fogueira de inverno.
Desbrave como bravo,
Os campos dos seres,
A vizinhança desconhecida,
O outro lado da rua,
O estranho da janela amarela,
Ao invés das janelas do office de sua mesa fria.
Casciano Lopes
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