O botão amarelo
Seguido do verde
Tecido em flagelo
Estampa de rede
Tinha o descaminho
Do tempo tão gasto
Puindo colarinho
Deixando seu rastro
Mudando sua forma
Caia o vestido
Quebrando a norma
Do corpo perdido
A bainha desfeita
E casa roubada
Com manga imperfeita
Da etiqueta arrancada
O botão de rosa cara
Brotada em desalinho
Veste de forma rara
Seu vestido de armarinho
Passeia em equilíbrio
De prece o seu tecido
Esperando o ébrio
Ou vinho envelhecido
No corpo esguio
Da rua fada
Uma esmerada... esmeril
Da vida alada.
Casciano Lopes
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