13.10.13

Sou do século passado

Quando a cadeira se movia para receber a dama
Quando a porta se abria no automático da mão gentil
Quando um 'com licença' não tinha nome de 'empurrão'
No século passado...
Os carros paravam sem pressa para passar o caminhante
Carteiros aos montes empregavam-se... notícias em envelopes
Declarações, pedidos de namoro e notas em tinta fresca
Sou do século passado...
Quando os laços eram fortalecidos no pedido de benção
E abençoados... acreditem! Conhecia-se a força da palavra
Onde mãos dadas e um olhar sem dizer... dizia tudo
No século passado...
Tão pertinho de hoje embora tão distante na lembrança
As canções roucas das vitrolas embargavam a voz na emoção
Porque falavam da pureza e simplicidade, que ficaram lá...

No século passado.

Casciano Lopes

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