15.2.22

Vida de ponteiros

Os relógios me recordam.
Automáticos,
de pilhas ou de corda,
me acordam.
Os de parede contam histórias,
como quando estou na estação.
Os de pulso cantam o pulso,
como quando estou em batimentos.
Os de bolso ouvem meus passos
e se animam no movimento do tempo.
Como se houvesse tempo,
e há,
para contar o que não vejo
e nem vi passar.

Casciano Lopes

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