A minha cidade hoje está vazia
Mudou-se de latas vazias a última moradora
Está tudo vazio
Os meninos brincantes já não mais adornam a praça
Os moradores da esquina sem dono despediram-se das ruas
Só deixaram velhos jornais
A andorinha que morava no poste de luz mercúrio
Sequer despediu-se
E o último casal que passou por aqui
Já não perfuma mais o caminho
Eu, banco que sou
Branco assentado
Não pude ir e temo o frio da cidade... vazia.
Casciano Lopes
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