Eu era pequeno quando comecei admirar belezas.
Passei a primeira infância entre terreiro com criação, roça com picuás e caminhão de latinhas.
Achava de uma gentileza tamanha da vida; o trim que minha mãe me passava nos cabelos depois do banho pra que eu fosse na benzedeira tomar água com carvão pra desvirar o ventre.
Pensava minha meninice como eterna enquanto ela adolescia e eu nem via.
Virei jovem quase sem querer e as lindezas perseguiam minha atenção em olhos de contemplação.
Fase em que dentre tantos feitos, um trombone se alojou em minha embocadura.
Pronto, fiquei adulto e homem capaz do percebimento, achei depressa o que de uma pressa me convidou pra traduzir o que era bonito; e hoje amadureço ao lado de um pé de boniteza.
Casciano Lopes
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