Eu posso recomeçar milhares de vezes, posso retomar uma viagem, um sonho, um encontro marcado em inúmeras tentativas...
O que não posso é me perder no processo, esquecer quem sou, quem fui, quem quero ser. Não devo me descreditar além do que suporta minha autofidelidade, me adoecer por falta do remédio caseiro; aquele que cresce no quintal de casa, que tem o cheiro da intimidade comigo, que divide o espaço dentro de mim com a memória do meu endereço pessoal - que tem residência fixa na minha experiência - e que me diz que sou tão vulnerável quanto uma casa no vendaval, mas tão seguro quanto ela quando fecha suas portas para descansar, mas que as reabre todos os dias pela manhã porque acredita na insistência... a vida insiste e é pra quem insiste sem se perder do caminho, mesmo que retomado dezenas de vezes pelo mesmo caminhante.
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