Poderá um frasco de perfume, de vidro ou plástico, elaborado ou simples, grande ou pequeno, frágil ou forte... passar a vida, antes que se quebre, que se esvazie ou que se torne descartável, lutando contra seu conteúdo, revoltado com a fórmula que o preenche, discutindo o aroma que o permeia?
Poderá?
Poderá.
Só precisa saber a embalagem que sua função é a de armazenamento e não a de questionamento.
Um perfume não deixa sua essência em função do olfato do compartimento, ele não quebra o pacto a que se destina, não pode negar sua missão de inebriar de conteúdo seus meios... E essa façanha desafiante, começa por aquele que o contém.
Casciano Lopes
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