27.5.22

Poeta noturno

A gente carrega na pele o que era pra ficar escrito, o que merecia ser dito e aquilo que os dias se recusaram a apagar.
A gente cai em desuso se não sorri da vida e pra vida; da própria vida.
E em posse delas: da vida e da pele antes que se rasguem e se percam entre os retalhos da biblioteca, é preciso virar riso dentro dos artigos evidenciados nas linhas da gente.
O lábio e o olhar de uma face sisuda, poderão ser interpretados como um borrão na leitura do livro pessoal que viemos escrever.
A gente precisa saber que sim, a pele rasga; a história não...
E se estiver borrada, ninguem lê.

Casciano Lopes

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