19.2.23

Multidão

A gente não vive só...
Claro que a rua fica vazia vez ou outra,
os assentos da praça vagam,
os telhados fingem invisibilidade
e as lâmpadas esmaecem numa palidez fria.
A solidão às vezes dura o tempo de uma chuva,
outras vezes, o tanto de uma seca...
Um sertão.
Mas, podemos invocar o chão de companheiro;
não meramente o lugar de colocarmos os pés,
e sim onde deixamos as pegadas da coragem,
ter nele a nossa história como fonte de alimento
ou simplesmente de remédio,
pra matar a ideia de estar só;
se fincarmos raizes nas memórias,
nas humanidades que defendemos
e nas belezas do coração cheio de boa vontade,
jamais estaremos em carreira solo,
porque as boas vivências nos farão
bem acompanhados para sempre.


Casciano Lopes

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário é muito bem vindo, após aprovação será publicado.