13.9.23

Carta branca

Na estrada em que pasmo minha desorientação, surge silêncio no papel que fica branco e estático.
Sozinho, preciso ler com os sentidos, achar a tinta que escreva sem letra, um motivo e um destino.
E acho de uma graça quando aguço dentro de meu caos uma vontade de novamente me alfabetizar, pra que consiga ler um caminho, feito cigana de mim, emprestando mãos que nem achava que tinha, pra fazer leitura do que não mais usa as linhas.

Casciano Lopes


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