Não tenho mais dúvida de que o corpo é uma selvagem versão indomada da fera, quem mora nele tem a missão de adestramento.
Viver nesse lugar é morar o tempo todo varrendo o medo; não pra debaixo do tapete, é preciso abrir a porta, usar a vassoura com destreza e fazê-lo varrido pra uma distância segura, fora das paredes.
E de asseio nas mãos como arreio, ditar com doçura feita de bravura, a beleza de um templo feito de metais preciosos em chão de barro e pilastras de carne.
Tornamos-nos domadores...
Não se sabe, se do corpo ou de si mesmo, na arte da varredura.
Casciano Lopes
Poema n° 2000
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