23.8.22

Porvir

Poema nr. 1999

Há tanto por vir!
Tantas esperas,
vontades e amanhãs
guardados em meus bolsos,
que me dou conta
de que vivo na véspera,
nem no ontem e nem no hoje...
Na véspera,
onde pesam bolsos
e a calça sem cinto cai.
Me antecipo então,
sinto muito,
sou desprovido de vergonha,
assim como são
desprovidos os bolsos de vazios.
Tenho antecedentes,
de pequeno juntava pedrinhas...
no bolso.

Casciano Lopes



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