Hoje, a sala do meu tempo tem em destaque a riqueza que tive, aliás, que ainda tenho, só que agora do lado de dentro, fincada nas minhas paredes estruturais mais internas... Uma riqueza que sustenta a pobreza do telefone mudo, da mesa sem os pratos de risadas, dos abraços órfãos de braços e do olhar que outrora encontrava abrigo quando as palavras perdiam a dicção.
Ah! A pobreza da falta que tantas vezes pinta de bege minha sala de estar no mundo, só não me desgasta além da conta, porque gasto meus dias usando as moedas de ouro que meus bolsos encheram nos tempos da fartura; onde sempre havia um bolo rico acompanhado com café, servido em mesa com colo no jeito de olhar, que só ela tinha quando me via enriquecer.
Casciano Lopes
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