18.1.23

Liturgia

O que será que reza minha beatitude no silêncio das madrugadas? Que trajes santos devem vestir os altares da alma quando passam as horas que se demoram em mim? Em que idioma canta o coral dos meninos expostos nas galerias de minha história e como falam os sacerdotes de minha sacralidade? Que parte de mim entende a ladainha pra que a outra surda por dúvidas consiga a certeza de continuar querendo sentir os sacramentos da vida?
... Talvez as respostas estejam escondidas no medo do que acredito, nas cores que ainda não vejo das paredes de meu templo erguido na repleta coragem de descobrir.

Casciano Lopes

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