A natureza de um chão, que nem nasceu,
porque sempre existiu e abriga os nascidos e morridos;
a terra mãe feita de pó e trama de cipó aquecida de sol,
resfriada de lua, banhada de chuva e rio,
chorada de mar, rasgada de vento e sangrada feito seca de sertão,
sem perder as colinas verdes das manhãs inteiras,
onde até as folhas da mata prometem sementes abastecidas.
Terra-mãe que empresta o leito,
onde o homem nasce em berço que embala,
pra que cresça em cama grande o menino que,
pra viver aqui, no colo dela, mãe Gaya, precisa ser menino.
Casciano Lopes
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