Sou mar aberto, revolto e tranquilo, farol e pedras da encosta, praia e embarcação, proa e marujo, vento e vela, sal e peixe, sol e lua num céu e terra, suor e rede de pescador, canais e corais ... sou carta de navegação querendo descoberta e mapa buscando direção, um complexo de linhas e traçados querendo bússola que me compreenda pra que eu definitivamente me descubra parte e todo.
Por fim, basta que eu me entenda e saiba das retas, círculos, parábolas e perpendiculares de minhas conexões e intersecções que produzem um homem à vista,
sobretudo um nativo que tenha preservado o direito de ser tudo, porque não aceita ser dividido entre a ignorância dos colonizadores.
Casciano Lopes
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