10.7.10

Eu inerente

A minha transpiração deixa encharcado meu pensamento
Pingando ora lamentos, ora risos balbuciados
Em fases de frases feitas e tantas desconhecidas
Me atormenta aquilo em que desacredito
Perco o crédito e quase em descrédito cai o semblante
Ante os muros, diante do desconhecido
Perante o tribunal estacado na ruas por onde cruzo
Lavam com escovões a imagem estampada
Aquela que foi lavada com água de cheiro
O perfume é inerente e está cravado nas esquinas
Conjugado no ser o verbo de se mostrar
Me busco nas exposições e me vejo retratado
Em cada sensibilidade dos traços vividos
Por gente desconhecidamente semelhante.

Casciano Lopes

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