1.7.10

Sorteando

Oh sorte, como objeto inanimado
Luz que se apaga na candeia
Fogo da fogueira molhada
Animada quando abrocha
Sorrateira quando foge
Folia quando me espreita
Agonia quando passa a vez
Oh estrela, cadente sortuda
Decadente o sorteado
Emergente quando achado
Romaria é o que espero
Não menos que fila grande
Quando todos os pedidos
Resolveres perceber
Não enterres em terra funda
Conte palmos que eu possa dar
E não brinques de pique-esconde
Na hora que eu te ninar
Sorte não te escondas
A inteligência te pede
O palpite de ti depende
E a boca já te agradece.

Casciano Lopes

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário é muito bem vindo, após aprovação será publicado.