Ela passou despercebida pela lente e sentou-se quieta
Despediu-se da luz de mais um dia e buscou conforto
Na pedra fria e úmida, resmungou um sono que não vinha
Enquanto as costas buscavam um calor que a consumisse
Em meio a pernas miúdas, possuía duas mãos trêmulas
Que discretamente, sentiam a caída da luz na brisa escura
Óculos passavam desatentos, enquanto avançava sua vontade
Que de comer, se transformou em de dormir, pois a de ser vista
De tão embaçada a visão, foi consumida pela noite gelada
E a tal criança pela madrugada analfabeta
Foi trucidada pelo inverno de um país
Pois seu jornal de cobertor, trouxe a previsão do tempo
Sem solução nas páginas.
Casciano Lopes
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