8.11.11

Sequidão

O que cresce na mata de minha solidão
É a cor que já não brota demais
É a dor que já não colore mais
E o espinho da flor que morreu em vão.


Parecendo donos da sorte, na mata deste coração
Ervas daninhas, cactos, capins
De vez em quando parasitas e afins
Matando até raiz forte, é o que nasce desde então.


Na pequena floresta minha, feita de escuridão
Ora serrado de pampa, ora serrando rasteira
No meu deserto, ora seco, ora relva brejeira
Está cheio de hora sem hora... Senhora sem compaixão.


Casciano Lopes

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