Preso o brinquedo empobrece
Sem criança ele entristece
Procura lágrima quando amanhece
Querendo colo que nunca se esquece.
Numa caixa da casa guardado
O brincante esquece rasgado
Junto com o menino amadurado
Convive um boneco largado.
Passado aquele contentamento
O motivo de presente e alento
Por descuido ou crescimento
Foi deixado sem música e movimento.
As cores um dia se desbotaram
Junto com lápis os porquês levaram
Pelo caminho a inocência deixaram
Julgadas porque a beleza afanaram.
Adulto crescido, despido ou vestido
Fica...
Sem criança o homem amortecido
Quando na caixa dorme esquecido
O brinquedo falecido.
Casciano Lopes
O brinquedo e o moleque brincador... com o poassar dos tempos, tornam-se um objeto esquecido e um adulto que já não brinca... Quando deveria sim, continuar sendo um brinquedo transformado e acarinhado pelas emoções do já homem, mas eterno brincante!
ResponderExcluir