24.8.23

Vista do que ver

Posso ver da janela tantas possibildades!
O corpo é uma casa e quando abro as cortinas feitas de olhos, passam na calçada as permissões, as proibições e todas as concessões que me fazem capaz de espiar a rua, pra ter a clareza que só a vida dá, quando permite que eu me abra pra luz entrar.
O olhar traz o dia e a noite, faz a madrugada sentar, aquece os invernos e refrigera os verões... Assim, no outono posso meditar a incubação das flores pra que a primavera nasça.
Vejo muitas coisas na minha cidade particular que não ouso ensaiar descrição, mas tem também os textos prontos que aparecem nos passeios, como folhas caídas ao vento, aí é só apanhá-las e dizer o que as mãos podem alcançar.

Casciano Lopes


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