Preciso me curar de mim pra sair da fila de espera, preciso me curar de mim.
Ainda tenho que domar o ego, que dosar o remédio da experiência pra que não crie metástase a presunção.
Ainda medico meu espelho pra que ele entenda sobre a plástica falível da pele, ainda aplico entre a carne e quem mora dentro, a injeção da dúvida, pra que a certeza não me adoeça demais.
Luto na fila dos sobreviventes do campo de batalha pra que as amputações do olhar sejam evitadas, pra que as mãos não percam o tato que tanto o outro precisa e pra que haja na receita da consulta mais que analgésicos, a cura.
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