De onde venho?
Os que vivem em mim, têm ciência de quem eu sou?
Porque não tenho em mim conhecimento algum de meus moradores e, tenho pra mim, que moram vilas inteiras em meus compartimentos de guardar quem sou; sem magoar minha personalidade tão brejeira que sonha com rua pacata e se parece com uma cidade inteira.
Meu povo, de inúmeras línguas, fala por carta com os distantes e poetiza as pedras do tempo para que todos entendam, e cochicham com os que moram perto quase que por aperto... mas onde cabem todos, apesar dos quilômetros que nos separam, há metros que nos aproximam, e talvez seja o poema a forma mais universal de fazer todos conviverem.
Casciano Lopes
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é muito bem vindo, após aprovação será publicado.