26.7.22

Contação

Moramos numa casa emprestada,
dependuramos nas paredes ao longo da estadia;
os quadros da nossa história.
Fincamos sobrevivência nas paredes
e os contos se acumulam,
quase dando a impressão de permanência;
não se deve esquecer que a eternidade
não é coisa dessa casa,
todo o emprestado precisa ser devolvido.
A impermanência não pode inibir
o interesse dos leitores e ouvintes.
Precisa continuar
sendo uma casa boa de contar.

Casciano Lopes

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