4.7.22

E eu?

O outro pode não me reconhecer,
duvidar das raízes que me fizeram nascer.
Pode o outro por capricho não devolver,
tapar o fluxo como se pudesse a água não correr.

Pode o outro.

Não poderei eu, de mim me perder,
olhar pros meus galhos e não me entender.
Deverei do arado da terra saber
e confiar na semente capaz de crescer.

Não posso eu.


Casciano Lopes

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