Meu grande avô paterno era um encantador, curador, proseador, amigo das plantas, dentre tantas lindezas; era um homem de bem, entendia de gentilezas e outras sublimidades da alma humana.
Encantava pássaros e só isso já comprovava a grandeza dele, me encantava quando bebê também, cantarolando e me embalando nos passos de sua dança pra que minha mãe fizesse o trabalho da casa enquanto descansava do meu choro natal.
Até hoje guardo o cheiro do meu avô nos meus guardados mais caros. Me amou de um jeito que fez da vida um lugar de abraço e colo.
O meu mago bom voltou pra casa há mais de 40 anos, mas foi tão especial seu registro, que ainda sigo encantado por seu dom de humano e divino dividirem tão bem um olhar de amor.
Casciano Lopes
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