Como uma mãe, quando chegamos ela nos abraça, nos acolhe em colo e embala.
Quando partimos, nos despedimos como filhos, nos despimos como quando chegamos, e ela novamente se abre pra receber nosso corpo como mãe resignada.Mãe Terra, Mãe Gaya, Patchamama...
No intervalo oferece seu chão sagrado pra que nos sustentemos, aceita as sementes que lançaremos, nos devolverá proventos, dividendos do seu produto pra que, por amor também, dividamos com quem, por uma ou outra razão, não colheu. A grande mãe espera que compartilhemos com nossos irmãos, seus filhos, da sua generosidade, afinal, como uma boa matriarca, nos ensina desde que nascemos a lição do bem comunitário.
Precisamos retribuir aos seus rios que nos saciam, aos seus cuidados que nos banham, às suas matas que nos abraçam e ao seu chão que enchem nossas mesas; e não há retribuição maior que pisar com reverência no seu solo, sabendo não o possuir e sim o contrário... Reverenciar quem, como nós, por ela passa, honrar o direito de ser habitante dela por um tempo e que tudo que pudermos deixar de bom para os futuros irmãos, correrá na alma feito rio além, que corta o mal saciando o bem nas dimensões eternas.
Casciano Lopes
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