2.3.23

Um dia de confessionário sem pena

Que eu saiba perdoar...
Me perdoar inclusive!
Que o peito não seja um pote de mágoas; que mesmo que elas apareçam, que se desfaçam com a mesma força com que se formaram.
Que se fechem feridas e que deixem de doer; que cicatrizem com o poder do remédio esquecimento.
Que eu entenda que quando errei, estava tentando acertar e que não tenho as respostas certas pra tudo; mas que preciso aprender a perguntar.
Que o tesouro do conhecimento exige mais que pás fortes pra cavar; exige mãos dispostas pra encontrar.
Que a saída tantas vezes não está no outro, está dentro de mim; escondida sob o manto do julgamento e da auto punição pelo que nem ao menos merece sentença.
E que por fim, todos os dias eu compreenda que sem o perdão, adoecem os olhos do coração e sem eles, não encontrarei a porta de saída.

Casciano Lopes

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