Um dia nós entedemos a inutilidade das coisas...
Das palavras gastas, do tom emperrado na corda alta, das exigências tolas, das atoas bolas de ferro que laçamos aos próprios pés e que por conta disso, nos tornamos peso fácil ao oceano que nos possui.
Da importância que demos ao que desprezava nossos minutos, da pequena caixa que havia; onde não nos cabia e lutamos pra cabermos sem laço de fita ao final, porque não haviam mãos pra laçar a embalagem do presente que não há, só pacote à deriva... Só mar.
Um dia entendemos que precisa virar útil:
a caixa, o laço, o mar; a palavra dos pés livres e o cabimento dentro do peito, só da nossa utilidade de acorrentar a inutilidade das coisas ao peso de afundar, pra que possamos voar.
Casciano Lopes
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